quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Ditongo

Na edição nº 40, foram citadas algumas novas regras do novo acordo ortográfico da Língua Portuguesa. Hoje, voltaremos no assunto, para falar sobre os ditongos.

Quase todas as regras dos ditongos foram mantidas e vale a pena relembrá-las:

· Os ditongos tônicos ou átonos, escrevem-se ai, au, eu, ei, iu, oi, ou, ui: mausoléu, correu, floriu, açoite, uivo, etc;

· Os verbos terminados em –uir mantêm a letra i nas 2ª e 3ª pessoas do singular do presente do indicativo, e na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo: possui, possuis. Portanto, esse ditongo é grafado ui também nos substantivos (Rui). Padroniza-se assim, o uso do i neste ditongo (ui) e nos ditongos paralelos ai e ói, como nos verbos terminados em –air e –oer (atrai, mói);

· Em palavras originadas do latim, a união de um u a um i átono sempre é representada por ui: flui, gratuito. Entretanto, essa mesma sequência de letras pode representar um hiato e as vogais u e i são pronunciadas separado: fluidez, gratuidade;

· Além dos ditongos orais decrescentes, podem representar ditongos orais crescentes as sequências vocálicas pós-tônicas ea, eo, ia, ie, io, oa, ua, ue, uo: áurea, óleo, calúnia, mágoa, míngua, etc;

· Os ditongos nasais podem ser representados por vogal com til e semivogais: -ãe (oxítonos e derivados), -ãi (paroxítonos e derivados), -ão e –õe: pãezinhos, sótão, melões;

A única regra alterada foi a seguinte: os ditongos abertos éi, éu, ói são grafados com acento agudo apenas quando em sílaba final (herói, chapéu), nos monossílados tônicos (léu, dói) e quando ocorrem na sílaba tônica das palavras proparoxítonas (aracnóideo).

Não mais se assinala o timbre aberto desses ditongos éi, ói em outras posições: jiboia, heroico.


Obs.: Excepcionalmente, grafa-se ae (= âi ou ai) nos antropônimos, como por exemplo em Caetano e seus derivados compostos.

Da mesma forma, grafa-se ao (=âu ou au) nas combinações da preposição a com as formas masculinas do artigo ou pronome demonstrativo: ao, aos.


Extraído de: AZEREDO, J. C. Escrevendo pela nova ortografia – como usar as regras do novo acordo ortográfico da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008, p. 32-33.

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