segunda-feira, 26 de outubro de 2009

A Nova Ortografia

A maioria das pessoas já ouviu falar sobre o “novo Acordo Ortográfico”. Mas o que vem a ser isso?

Seria simplesmente um acordo para unificar os povos falantes da língua portuguesa. Há quem discorde dessa ideia, já que a cultura, a política, e as influências na sociedade de cada país são diferentes. Um acordo que prioriza a unificação da escrita não é a melhor coisa a se fazer, mas isso já é outra discussão que foge das tais regras (que também geraram, geram e gerarão confusões na nossa cabeça).

Firmado entre Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Brasil, o novo Acordo Ortográfico já vale para documentos oficiais e para a mídia. Em 2010 começará a ser implantado no ensino público, sendo obrigatório o seu uso a partir de 2012.

Portugal realizou a sua reforma em 1911, mas o entendimento do país com o Brasil em relação a uma ortografia unificada só começou a existir em 1924 e culminou em 1931, com a adoção, pelo Brasil, da ortografia simplificada. Porém, essa norma ortográfica que entra em vigor agora é a que foi aprovada pela Academia Brasileira de Letras, em 1943.

Parando com a história e indo ao que realmente interessa, vamos às novas regras (elas são muitas, mas somente três serão destacadas):

- O alfabeto da língua portuguesa foi alterado. Antes tinha 23 letras e passa a ter 26 letras, com a inclusão de k,w e y;

- O trema é totalmente eliminado das palavras portuguesas ou aportuguesadas, mas continua sendo usado em palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros com trema (Muller, por exemplo);

- Emprega-se o hífen quando:

a) Em compostos, locuções e encadeamentos vocabulares;

b) São escritas aglutinadamente (juntas) palavras em que o falante contemporâneo perdeu a noção de composição: paraquedas, mandachuva;

c) palavras iniciadas por grã e grão: grão-pará

iniciados em verbo: passa-quatro

cujos elementos estejam ligados por artigo: Baía de Todos-os-Santos

Obs.: Os demais nomes próprios de lugares ou acidentes geográficos compostos são escritos separados e sem hífen: Cabo Verde (exceções: Guiné-Bissau e Timor-Leste);

d) São palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas: couve-flor, bem-te-vi;

e) Para ligar duas ou mais palavras que combinam, formando encadeamento vocabular: ponte Rio-Niterói;

f) Em formações por prefixação, recomposição e sufixação.

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